Sarilhos
Sarilhos Traçados de Cima e de Baixo
SARILHOS TRAÇADOS. A dois. (a duas mãos, “à moda do Minho”. M.F.)
- óptimos para adquirir sentido de distância e ritmo.
EXERCÍCIOS:
PARADOS: Frente a frente, em guarda alta, à distância de combate, cruzar o último terço das varas a 45º, duas vezes em cima e duas vezes em baixo.
A AVANÇAR E A RECUAR: Jogador 1 avança e jogador 2 recua, fazem 4 passadas com 4 pancadas, duas em cima e duas em baixo. Depois jogador 2 avança. Com os 4 ataques.
Notas:
- Podemos efectuar estes sarilhos, a diferentes alturas e ritmos.
- Também podem ser feitos a Avançar e a Sair, ou a Crescer e a Recuar.
- Quando se Avança (ataque), as mãos devem ser projectadas para a frente, quando se recua (defesa) as mãos devem ser projectadas para os lados.
Nota: Os antigos jogadores de (Lisboa) cultivavam os Sarilhos, pois usava-os bastante no Contrajogo quer para o embelezar, quer para fazerem uma pausa no combate e respirarem mais amplamente.
Há cerca de uma dezena de Sarilhos clássicos na Escola de Lisboa ou do Sul, contudo somente reconheço valor bélico aos chamados “Traçados”, os outros são fantasias que para além de servirem para enfeitar o jogo, são também óptimos exercícios de coordenação motora, ou “drills”, contudo devem ser preservados, pois têm valor cultural (Jogo do Sul).
Sarilhos Traçados “Borda D' Água”
Assim chamados, porque em tempos, foi a base de um jogo se duas pontas, praticado na região da margem Norte do rio Tejo (Ribatejo) chamada antigamente de Borda d´água.
É um “drill” praticamente universal, encontramo-lo nos Escuteiros (Quatterstaff) e em várias técnicas de origem oriental.
Embora faça parte de um tipo de jogo em que a distância de segurança não é respeitada, e as mãos se encontrem demasiado expostas, é um jogo que devido à multiplicidade de ataques e defesas, variando as duas pontas, com jogo a uma ponta, é óptimo para exibições espectaculares, como o provam os nossos amigos Açorianos e Fafenses.
Nota: Este sarilho apresenta algumas variantes; nas imagens, as jogadoras executam-no com a pega normal: (mão traseira de “unhas acima”, embora seja mais comum faze-lo com ambas as mãos de “unhas abaixo”).
EXERCÍCIOS:
Parados:
- frente a frente, guarda alta de unhas abaixo.
Com mãos a correr pela vara, cruzar alternadamente as pontas, duas vezes em cima e duas vezes em baixo.
Em deslocamento alternado:
-Jogador 1 avança com quatro passadas e jogador 2 recua, batendo pontas duas vezes em cima e duas vezes em baixo.
Sarilhos Directos
No Jogo do Pau, os Sarilhos, são o equivalente às Katas, no Karaté.
Antigamente o ensino do Jogo do pau começava pelos “Sarilhos” e pelas “Séries”.
“ Os Sarilhos, não são simples adornos de Jogo como muita gente julga, constituem um bom exercício, em que se aprende a pisar o terreno, os Antigos, diziam que dos Sarilhos nascem as Pancadas e as Guardas, é preciso bem pisar, quando se fazem os Sarilhos, e para ajuizar do jogador, é suficiente reparar-lhe nos pés”.
(Mestre: Frederico Hopffer. 1924).
“Sarilhos, são ornamentos do Jogo, mais ou menos vistosos, servem para recuperar o fôlego e embelezar o Jogo. Servem também para aprender a pisar bem o terreno, adquirindo prática a ladear e para deles extrairmos Pancadas e Guardas.”
(Mestre: António Caçador. 1943).
Sarilhos Rodados
(Para que não se percam)
“Ensarilhar” bem uma vara, sempre foi valorizado pelo Mestres Antigos;
Os Mestres Antigos, começavam o ensino do Jogo do pau, pelos “Sarilhos” e pelas “Séries”.
(Uma demonstração “das Kata”, feitas à nossa maneira).
H.V. – E.S.P.A.A.- 1991.
Sarilhos Volteados
ENTRADA DOS 7 SARILHOS
PALCO PROMENADE - 1998
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